A lendária produtora Hammer, responsável por vários clássicos de terror, traz-nos «A Mulher de Negro» um muito interessante filme de terror psicológico em que impera a atmosfera densa (e tensa) e o negrume da alma humana. Trata-se de um objecto que apela mais à psique do espectador do que aos efeitos especiais de encher o olho (na verdade estes contam-se pelos dedos).
A história acompanha o jovem advogado Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) na sua viagem a uma pequena aldeia no noroeste da Inglaterra para negociar a venda de uma mansão recentemente abandonada, situada numa charneca próxima repleta de pântanos sinistros e nevoeiros de cortar à faca. É evidente que cedo vem a descobrir que a velha mansão está assombrada pelo espírito de uma mulher vestida de negro cuja aparição traz o infortúnio junto das crianças da aldeia.
O início do filme é
particularmente eficaz, com a visão do suicídio bem sincronizado de três
meninas da aldeia, como se de uma espécie de jogo se tratasse. Infelizmente, o
final deixa algo a desejar, pois deixa para trás os acontecimentos dramáticos
que afectam os aldeões em favor da “redenção” do protagonista.
Daniel Radcliffe - o eterno Harry
Potter - não se sai mal na pele do jovem advogado, embora este papel não seja
particularmente difícil de representar e, como já aqui foi referido, não se
afasta demasiado do universo de Harry Potter, pelo que o actor calcorreia
terreno familiar. Ciarán Hinds é mais eficaz no papel de um aldeão instruído
que tenta desmistificar os fenómenos paranormais através da razão.
Nota máxima para a recriação de
época (princípio do séc. XX), a decoração da mansão assombrada (especialmente o
sinistro quarto repleto de brinquedos de corda) e as paisagens alucinantes da
charneca. Altamente recomendável.
Nota: 4/5
Desejo-vos muitos e bons
filmes.
E aí cara, quando vc bota mais cenas?
ResponderEliminarBrevemente. Muito brevemente. :-)
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