sábado, 20 de maio de 2017

Alien: Covenant (2017)




«Alien: Covenant» é o filme mais recente da saga “Alien” e, tal como o anterior «Prometheus», surge-nos pela mão do mítico realizador Ridley Scott (que já nos trouxe trabalhos seminais como «Alien: O Oitavo Passageiro» e «Blade Runner»). Este novo capítulo é a continuação de «Prometheus» e explora mais detalhadamente o que aconteceu aos sobreviventes da fatídica nave com o mesmo nome. Por outro lado, a inclusão do título “Alien” sugere, e bem, que vamos ter a presença mais regular do xenomorfo assassino mais conhecido da galáxia e uma nova vaga de sangue, suor e lágrimas (já para não falar de tripas).

Tudo começa quando, algures no espaço, uma nave espacial chamada Covenant, a caminho de uma colónia planetária recebe uma transmissão oriunda de um planeta próximo. Com pouca vontade de fazer perdurar a viagem devido a um acidente que quase a vitimou, a tripulação decide investigar o planeta que, aparentemente se assemelha a um jardim do Éden, no sentido de saber se encontrou um lugar ideal para viver. Tudo parece correr bem até descobrirem que afinal não aterraram no Paraíso mas sim num Inferno infestado de criaturas grotescas e assassinas que não só comem carne humana como a usam para a reprodução. A partir daí está o caos instalado.

«Alien: Covenant» é melhor do que o anterior «Prometheus» no sentido em que apresenta um maior leque de criaturas alienígenas e tem bastante mais acção e consegue até aprofundar muitas das questões religiosas e metafísicas do último filme. Por outro lado, é desequilibrado, nunca decidindo se o seu lugar é no universo de «Prometheus» ou se pertence ao mundo de «Alien», o que pode irritar alguns espectadores. É igualmente um tanto desinspirado, na medida em que já vimos tudo isto noutros filmes, sobretudo em «Alien: O Oitavo Passageiro» e «Aliens» de James Cameron e feito de melhor forma.

Ainda assim, e considerando que se trata de um filme competente, com um grande trunfo na manga – Michael Fassbender no papel dos robôs David e Walter (que soberbo actor!) – vale sempre a pena ir vê-lo ao cinema. É um filme para fãs das sagas referidas e até para quem visita este universo pela primeira vez.

Nota: 3,5 em 5.


Desejo-vos muitos e bons filmes. 

2 comentários:

  1. Ainda não vi o filme, mas parece-me ser a primeira crítica honesta e equilibrada sobre o filme.

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    1. Muito obrigado, Nuno. Tento sempre ser imparcial nas críticas que faço a filmes. Abraço!

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