«Alien: Covenant» é o filme mais
recente da saga “Alien” e, tal como o anterior «Prometheus», surge-nos pela mão
do mítico realizador Ridley Scott (que já nos trouxe trabalhos seminais como «Alien:
O Oitavo Passageiro» e «Blade Runner»). Este novo capítulo é a continuação de «Prometheus»
e explora mais detalhadamente o que aconteceu aos sobreviventes da fatídica
nave com o mesmo nome. Por outro lado, a inclusão do título “Alien” sugere, e
bem, que vamos ter a presença mais regular do xenomorfo assassino mais
conhecido da galáxia e uma nova vaga de sangue, suor e lágrimas (já para não
falar de tripas).
Tudo começa quando, algures no
espaço, uma nave espacial chamada Covenant, a caminho de uma colónia planetária
recebe uma transmissão oriunda de um planeta próximo. Com pouca vontade de
fazer perdurar a viagem devido a um acidente que quase a vitimou, a tripulação
decide investigar o planeta que, aparentemente se assemelha a um jardim do Éden,
no sentido de saber se encontrou um lugar ideal para viver. Tudo parece correr
bem até descobrirem que afinal não aterraram no Paraíso mas sim num Inferno
infestado de criaturas grotescas e assassinas que não só comem carne humana
como a usam para a reprodução. A partir daí está o caos instalado.
«Alien: Covenant» é melhor do que
o anterior «Prometheus» no sentido em que apresenta um maior leque de criaturas
alienígenas e tem bastante mais acção e consegue até aprofundar muitas das questões
religiosas e metafísicas do último filme. Por outro lado, é desequilibrado,
nunca decidindo se o seu lugar é no universo de «Prometheus» ou se pertence ao
mundo de «Alien», o que pode irritar alguns espectadores. É igualmente um tanto
desinspirado, na medida em que já vimos tudo isto noutros filmes, sobretudo em «Alien:
O Oitavo Passageiro» e «Aliens» de James Cameron e feito de melhor forma.
Ainda assim, e considerando que
se trata de um filme competente, com um grande trunfo na manga – Michael Fassbender
no papel dos robôs David e Walter (que soberbo actor!) – vale sempre a pena ir
vê-lo ao cinema. É um filme para fãs das sagas referidas e até para quem visita
este universo pela primeira vez.
Nota: 3,5 em 5.
Desejo-vos muitos e bons filmes.
Ainda não vi o filme, mas parece-me ser a primeira crítica honesta e equilibrada sobre o filme.
ResponderEliminarMuito obrigado, Nuno. Tento sempre ser imparcial nas críticas que faço a filmes. Abraço!
Eliminar