sábado, 27 de maio de 2017

Rei Artur: A Lenda da Espada (2017)




O que dizer do novo filme de Guy Ritchie? Que é grandioso, desde as primeiras imagens até aos créditos finais? Sem dúvida. Que consegue ser o épico que ambiciona ser? Absolutamente. Mas isso faz dele um filme brilhante? Aí é que a porca torce o rabo…

Após fazer uma incursão pelo universo do mais célebre detective da História, Sherlock Holmes, Guy Ritchie resolve recontar a história do Rei Artur e dos seus Cavaleiros da Távola Redonda. No entanto, fá-lo de forma não convencional para um filme deste género: a infância e juventude do Rei Artur é passada em modo fast forward, como se de um videoclip se tratasse, para chegarmos ao Artur adulto (Charlie Hunnam). Isto faz com que haja um certo desapego emocional em relação a esta personagem, por acompanharmos a sua evolução num abrir e fechar de olhos. Depois, temos a imagem de marca de Guy Ritchie que são os diálogos de taberna rápidos e acutilantes dos camaradas do Rei Artur e que estão presentes em quase todos os seus filmes, mas que aqui parecem destoar um pouco do tipo de filme. Quem aprecia este pormenor nos trabalhos de Ritchie, não vai sair defraudado.

Depois temos Jude Law a interpretar o vilão Vortigern, tio de Artur e usurpador do trono de Camelot. As motivações desta personagem deveriam ter sido mais aprofundadas no sentido de compreendermos as suas razões para odiar tanto o sobrinho a ponto de sacrificar membros da sua própria família para tentar derrubá-lo e elevar os seus poderes. 

Há também o aspecto da magia que tira alguma seriedade a um filme que, de outro modo, tem os pés bem assentes na terra. É óbvio que a magia sempre esteve presente neste conto, ou não fosse a espada Excalibur um exemplo disso mesmo, mas não era necessário exagerar - cobras e elefantes gigantes para quê? E por que razão Vortigern não usa os seus poderes de feiticeiro para aniquilar Artur e seus companheiros? Há muitas incoerências neste filme bem como a falta de uma boa história para o podermos considerar um clássico.

Nota: 2 em 5.


Desejo-vos muitos e bons filmes. 

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