quinta-feira, 23 de março de 2017

Kong: A Ilha da Caveira (2017)




Após uma ausência de doze anos (King Kong de Peter Jackson é de 2005), surge-nos novamente em cena o centenário gorila gigante King Kong, num novo filme passado na ilha que dá nome ao filme, a Ilha da Caveira. Em 1944, dois soldados, um americano e outro japonês, despenham-se numa estranha ilha desconhecida algures no Pacífico Sul. Enquanto se tentam matar um ao outro, surge-lhes literalmente à frente uma ameaça de enormes dimensões chamada Kong.

Passamos para 1973, após o término da Guerra do Vietname. Uma expedição encabeçada por um batedor (Tom Hiddleston), uma jornalista de guerra (Brie Larson) e um tenente-coronel veterano da Guerra do Vietname (Samuel L. Jackson), leva a cabo a missão de desbravar a Skull Island, último território desconhecido da humanidade e um mar de potencialidades para os descobridores. No entanto, cedo descobrem estar na presença de criaturas muito sui generis, entre as quais um gorila gigantesco chamado pela população local de Kong, que não estão dispostas a facilitar-lhes a vida. A partir do momento em que os helicópteros em que viajam até à ilha são abatidos por Kong, o caos está instalado. Os sobreviventes devem percorrer a ilha e chegar a porto seguro, ao mesmo tempo que se deparam com a fauna e flora daquela região misteriosa.

«Kong: A Ilha da Caveira» não é mais do que um filme de guerra, um pretexto para usar sequências de acção fabulosas (que o são, não haja dúvida), mas um desastre no que toca a tecer uma lógica para a sua própria história: por que razão existe um gorila de tão grandes dimensões numa terra onde quase tudo tem proporções normais é coisa que não sabemos. Igualmente desconhecemos a razão de haver uma tempestade permanente nas águas que envolvem a ilha. E o filme não se preocupa em explicar estas bizarrias. O tratamento dado às personagens não é muito melhor, sendo as mesmas unidimensionais e – à excepção do trio protagonista – carne para canhão das criaturas que habitam a ilha.

Este filme fica, assim, bastante aquém do «King Kong» de Peter Jackson. Não só lhe falta o glamour dos anos 30 (transpor a história para os anos 70 não foi uma boa ideia) e um certo romance emprestado à história por Jackson, como tenta recriar o ambiente de «Apocalypse Now» numa história de luta entre Homem e Natureza. 

Nota: 2,5 em 5.


Desejo-vos muitos e bons filmes. 

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