Este é o 5º capítulo das
aventuras do inebriado Capitão Jack Sparrow. E tem tudo o que os anteriores tinham:
aventura desbragada, humor descontrolado e umas pitadas de romance. O excelente
Johnny Depp volta a marcar presença neste filme, ou não fosse ele a estrela
desta saga. A acompanhá-lo estão duas caras novas, Brenton Thwaites e Kaya
Scodelario, o casal romântico de serviço. De volta está o magnífico Geoffrey
Rush com o seu Barbossa e até Orlando Bloom e Keira Knightley aparecem, nem que
seja para dizer olá. E qual cereja no topo do bolo, Javier Bardem e o seu
temível Capitão Salazar: Bardem com os seus cabelos a flutuar languidamente ao
vento e crânio rachado é o terror dos sete mares e a peça sobrenatural que
caracteriza todos os filmes da saga «Piratas das Caraíbas».
Desta vez, Jack Sparrow desperta,
acidentalmente, uma antiga maldição, sob forma do Capitão Salazar e a sua
tripulação fantasma, que logo trata de se pôr no encalço de Sparrow para saldar
uma dívida antiga. A única esperança que este tem é de conseguir encontrar o
lendário Tridente de Poseidon, um artefacto capaz de destruir toda e qualquer
maldição. Para isso, contará com a ajuda de Henry Turner e Carina Smyth
(Thwaites e Scodelario, respectivamente).
Que mais se pode dizer deste
filme que não tenha sido já dito dos anteriores? É divertido, escapista, tresloucado
e muito exagerado (a cena do banco a ser arrastado pelas ruas da cidade é disso
um claro exemplo). Quem gosta deste universo, vai encontrar aqui muito com que
se banquetear, quem nunca se deixou apadrinhar por estas aventuras, não vai
tornar-se fã a partir de agora.
Aqui entre nós, o filme não é bom
nem é mau. Acaba por ser mais do mesmo. A saga começa, por fim, a revelar sinais
de cansaço, o que é evidente no facto de as receitas de bilheteira terem ficado
abaixo das dos filmes anteriores no fim-de-semana de estreia. Aparentemente
este é o último tomo de «Piratas das Caraíbas», o que, a ser verdade, permite
que a saga feche ainda com chave de ouro.
Nota: 3 em 5.