sábado, 4 de fevereiro de 2017

Fragmentado (2017)





«Fragmentado» («Split» no original) é o regresso do realizador M. Night Shyamalan à boa forma, depois de filmes sofríveis como «O Último Airbender», «Depois da Terra» e «A Visita». Não é um filme genial mas consegue estar ao nível de «O Sexto sentido» e «Protegido», os primeiros do realizador. A história analisa a vida de Kevin que tem 23 personalidades distintas e planeia trazer à tona uma 24.ª, mais forte e ameaçadora; para isso ele rapta três adolescentes com o intuito de as oferecer à 24.ª personalidade a que chama “a Besta”. No entanto, uma das adolescentes, Casey ( Anya Taylor-Joy que vimos antes em «A Bruxa»), com um passado de sofrimento – visto através de flashbacks constantes ao longo do filme – consegue criar um laço com uma das personalidades do seu captor, um menino de 9 anos chamado Hedwig, pretendendo levá-lo a libertá-la. Casey consegue compreender a dor de Kevin e dos seus inúmeros heterónimos, e, em última instância, isso vai ser fulcral para a sua sobrevivência.

Por outro lado, assistimos às visitas de Kevin à sua psicóloga (uma sublime Betty Buckley), onde nos é explicada a desordem de que Kevin padece e algumas características das suas diferentes personalidades. James McAvoy (o Professor Xavier de «X-Men: O Início» e «X-Men: Dias de um Futuro Esquecido»), tem aqui a interpretação da sua vida, num papel difícil e rico em subtilezas. O actor inglês consegue desdobrar-se em várias personagens, fazendo-o sem grande esforço apenas com uma súbita mudança de expressão facial e voz.  


De resto, o filme peca por ser muito parado na 1ª parte e por tratar a desordem de personalidades múltiplas com algum simplismo, para conveniência da história. No cômputo geral é um bom filme capaz de nos suscitar a curiosidade e de nos pôr a pensar muito para lá dos créditos finais.    

Nota: 3,5 em 5.  

Desejo-vos muitos e bons filmes. 

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